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Com o uso constante dos mesmos herbicidas ao longo de anos, plantas daninhas da cultura do feijão se tornaram resistentes aos produtos e estão causando estragos enormes de produtividade e qualidade dos frutos. As plantas daninhas mais preocupantes no momento são parecidas com as que afetam a soja: o picão-preto, o leiteiro e as gramíneas como o capim-marmelado e o capim-colchão. A recomendação dos especialistas é que os produtores utilizem herbicidas de ação diferenciada e façam rotação de cultura com milho e soja e, nas regiões mais frias, com aveia e trigo para evitar que os mesmos herbicidas sejam usados.
— A grande recomendação é para a diversificação. O produtor deve diversificar o plantio, o adubo, o controle químico porque só com a diversificação que a gente consegue manter a estabilidade do sistema e diminuir o problema não só com as plantas daninhas, mas com doenças e pragas também. Um cuidado importante que o produtor deve ter é na compra de sementes saudáveis, que produzam plantas vigorosas — explica Jamil Constantin, professor da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná.
O pesquisador diz que os herbicidas com ação diferenciada são mais caros do que os tradicionais, porém, um custo que aparentemente é maior pode se tornar uma economia a longo prazo, já que vai evitar que as plantas daninhas tomem conta da plantação. O que acontece, segundo ele, é que os produtores acabam querendo usar sempre o mesmo produto que deu certo uma vez.
— Isto é uma questão que nós já estamos alertando há muito anos. O que acontece é que quando o produtor descobre que um herbicida vai bem em uma determinada planta daninha a tendência dele é usar o mesmo herbicida de forma repetida. Você tem que usar herbicidas que tenham mecanismos diferenciados, que sejam diferentes. Não pode ficar usando o mesmo continuamente — alerta.
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